SANTA TANINHA E A DIABA DA PRAIA
Lenda de Santa Taninha e a Diaba da Praia No Rio de Janeiro, dos anos cinqüenta, muitas crianças tinham medo da lenda da diaba da praia. Ela era um tipo de demônio que seduzia os homens casados e depois matava seus filhos, sempre numa praia deserta, em noites de Lua cheia. Reza a lenda que esta criatura de dia era uma moça bonita, mas de noite virava uma diaba com chifres. Naquela época existia o Seu Coelho, que era casado e tinha uma filha de quatro anos chamada Taninha. Esta criança era muito religiosa, gostava de freqüentar missas e sonhava em ser freira. Para ir ao trabalho, Seu Coelho pegava um ônibus lotado todos os dias. Uma vez ele avistou uma mulher muito bonita: alta, esbelta, olhos verdes, cabelos vermelhos e óculos. O homem enfeitiçado ofereceu seu lugar para esta dama sentar–se e, desta maneira, começaram a ter um caso. Alguns meses depois, Seu Coelho rompeu o relacionamento com aquela moça. Assim ela fingiu aceitar o fim do namoro. Porém quinze dias depois ela telefonou para o jardim de infância onde Taninha estudava, fingindo ser uma tia e falando que a menina precisava sair mais cedo em sua companhia. Então esta mulher foi até a escola e pegou a garota. Quando a noite chegou, ela levou a menina até uma praia deserta, virou um demônio e colocou fogo em Taninha. No dia seguinte o corpo da criança foi achado e enterrado. Alguns dias depois os bombeiros retiraram o corpo de Sandra, uma outra garota da mesma idade de Taninha, que se afogou naquela mesma praia em que Tânia foi assassinada. Todos tentaram reanimar a pequena até que um dos socorrestes disse à mãe da menina: – Infelizmente, a sua filha veio a óbito. Desta forma aquela senhora gritou: – Pela alma de Taninha que foi morta nesta praia, filha, volte a viver! Naquela instante Sandra abriu os olhos, deu um sorriso e voltou a vida. A partir daquele dia, várias pessoas passaram a visitar o túmulo de Taninha em busca de milagres. Lá existem várias placas de graças atendidas.