Arquivo de Outubro, 2014

Leviathan

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Origem:

A Lenda dos Leviatãs, não tem uma Origem certa, alguns falam em Antigo Oriente médio, e outros falam que essa lenda se deriva da antiga cultura hebraica, mas em ambas conclusões, eles são citados como monstros que habitavam as profundezas do mar. Mas com algumas diferenças, os Antigos Assírios, citavam Leviatã como um monstro de 7 cabeças, responsável por todas as catástrofes que aconteciam no mar.

Visão Hebraica

Na literatura hebraica, Leviatã é citado pela primeira vez no livro de Salmos, ora como um gigantesco animal marinho, ora como um dragão, seu nome em Hebraico quer dizer “Animal que se enrosca.”

Leviatã é citado na literatura Hebraica como um dos animais mais antigos criados por Deus, é contado que Deus Criou 2 Leviatãs, um macho e uma fêmea, mas vendo o grande estrago que os monstros estavam fazendo na terra, Deus teria acabado com a Leviatã Fêmea e banido o macho para as profundezas do mar, onde ele não poderia fazer mais nenhum estrago na terra.  Ele sempre é citado como um animal que a noite tem olhos luminosos, mais precisamente, é contado que os olhos do Leviatã iluminam o mar a noite. E mais, a água ao seu redor ferve com o hálito quente de sua boca, o que o faz ser sempre acompanhado de cortinas de vapor escaldante. O odor fétido do Leviatã pode superar até a fragrância do jardim do Éden, e se  caso seu  mau cheiro lá entrasse , ninguém poderia sobreviver. De acordo com a tradição cabalística o Leviatã simboliza Samael [O Diabo], o príncipe do mal, que será destruído nos tempos futuros.

Visão Católica

Os Católicos falam nos leviatãs como um Demônio representante do quinto pecado, a inveja. O demonologista Wierius chama-o de “o grande embusteiro”, ou “o grande enganador”.

William Blake escreveu:

“Debaixo de nós nada mais se via senão uma tempestade negra, até que, olhando para oriente, entre as nuvens e as vagas, divisamos uma cascata de sangue misturado com fogo, e próximo de nós emergiu e afundou-se de novo o vulto escamoso de uma serpente volumosa. Por fim, a três graus de distância, na direcção do oriente, apareceu sobre as ondas uma crista incendiada: lentamente elevou-se como um recife de ouro, até avistarmos dois globos de fogo carmesim, dos quais o mar se escapa em nuvens de fumo. Vimos então que se tratava da cabeça do Leviatã a sua fronte, tal como a do tigre, era sulcada por listras de verde e púrpura. Em breve vimos a boca e as guelras pendendo sobre a espuma enfurecida, tingindo o negro abismo com raios de sangue, avançando para nós com toda a fúria de uma existência espiritual.”

 Leviatã o Indestrutível

Ao que diz na bíblia, o Monstro é praticamente indestrutível, veja:

“ninguém é bastante ousado para provocá-lo; quem o resistiria face a face? Quem pôde afrontá-lo e sair com vida debaixo de toda a extensão do céu? ….Quem lhe abriu os dois batentes da goela, em que seus dentes fazem reinar o terror?…… Quando se levanta, tremem as ondas do mar, as vagas do mar se afastam. Se uma espada o toca, ela não resiste, nem a lança, nem a azagaia, nem o dardo. O ferro para ele é palha, o bronze pau podre,vigoroso e musculoso animal terrestre, “sua força reside nos rins e seu vigor no músculo do ventre. Levanta sua cauda como (um ramo) de cedro, os nervos de suas coxas são entrelaçados; seus ossos são tubos de bronze, sua estrutura é feita de barras de ferro”.

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(Behemot)

Como vimos na descrição bíblica Leviatã é praticamente indestrutível, em outras lendas também hebraicas, O Monstro Leviatã pode ser derrotado por um monstro super poderoso chamado Behemoth [Beemot], [descrito como um monstro gigante,  um leão monstruoso ou um touro gigante de três chifres]. Behemoth seria enviado por Deus para acabar com o Leviatã em uma violenta batalha em que Behamoth sairia vitorioso.

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(Leviathan x Behemot)

Apócrifos
Os Evangelhos apócrifos, que inserem o Leviatã entre os cetáceos criados por Deus no quinto dia do processo criativo. De acordo com as mesmas obras apócrifas, a única razão para o Leviatã ser mantido com vida era a de que serviria de alimento aos bem-aventurados. Segundo a tradição, o Leviatã vivia nas profundezas do mar, e foi, como consequência, ligado à conceção de inferno vivo. Esta associação encontra-se, por exemplo, presente no chamado Evangelho de Bartolomeu (apócrifo).

Algumas Lendas e mitos urbanos:
Como representação do Mal, aparece frequentemente como um dragão dotado de muitas cabeças criado por Deus para demonstrar o Seu poder supremo, que tudo cria e tudo vence, e acaba por ser derrotado por Javé (Salmos), depois do Leviatã se revoltar contra Ele juntamente com o mar ? que é considerado o seu meio ambiente, conforme o que acima foi dito. Os anjos que se revoltaram contra Deus foram também engolidos por Leviatã, segundo reza a tradição da Ars Moriendi. A conotação maléfica, de presságios funestos, e a configuração de serpente marítima (ou dragão do mar) escorregadia e enrolada sobre si mesma que se evidenciam na Bíblia encontravam-se já nos escritos de Ugarit, referentes à mitologia fenícia, e neles se conta que o Leviatã combateu o deus Mot, senhor da morte e das secas, acabando por perecer sob a espada de um servo do deus Baal.

Leviatã

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Leviatã é dado na demonologia como um dos quatro príncipes coroados do inferno. É o monstro marinho bíblico, de enormes proporções e rei de todas as criaturas do mar. Seu nome vem do hebraico, e significa literalmente “Serpente Tortuosa”; uma referência tanto a sua natureza animalesca como ao seu aspecto oculto. Seu arquétipo referê-se a brutalidade, ferocidade e aos impulsos mais selvagens e incontidos da humanidade. Na tradição cristã, Leviatã é associado com Satã.Na literatura moderna se refere a grandes baleias, e no hebraico moderno significa apenas “baleia.”

Sua antiguidade remete aos mitos da cosmovisão judaica onde Leviatã é considerado por alguns estudiosos como uma das criaturas primevas, ou seja, um dos seres antiqüíssimos que existiam no início de tudo e que tiveram de ser derrotados por Jeová antes que se tivesse início a criação dos céus e da Terra. Segundo esta lenda Jeová matou a fêmea Leviatã para impedir que o casal procriasse e destruísse o mundo que tinha em mente. Com sua pele, delimitou as fronteiras do espaço profundo e fez roupas para Adão e Eva.

Ainda segundo a escatologia judaica, no final dos tempos, com a chegada do Messias, Gabriel entrará em uma briga de proporções cósmicas para matar o macho Leviatã, ou, segundo outra versão, fará com que o gigantesto Behemoth, outra criatura primeva trave uma batalha com o Leviatã até que ambos se matem mutuamente. No grande banquete messiânico para os justos, a pele do Leviatã servirá então como um toldo gigantesco e sua carne será servida a todos.

O Dicionário Judaico de Lendas e Tradições de Alan Uterman afirma que os olhos do Leviatã iluminam o mar a noite e podem ser vistos a milhas de distância. A água ao seu redor ferve com o hálito quente de sua boca, o que o faz ser sempre acompanhado de cortinas de vapor escaldante. O odor fétido do Leviatã pode superar até a fragrância do jardim do Éden, e caso seu fedor lá penetrasse, ninguém poderia sobreviver. De acordo com a tradição cabalística o Leviatã simboliza Samael, o príncipe do mal, que será destruído nos tempos futuros.

No Antigo Testamento, a palavra Leviatã aparece pela primeira vez no livro de Jó 3:8 e sua imagem é retratada de forma impressionante neste mesmo livro, capítulo 41. A palavra Leviatã surge ainda outras três vezes nas Sagradas Escrituras (Salmos 74:14; Salmos 104:24-26; Isaias 27:1). Não se deve perder de vista que nas diversas descrições no Antigo Testamentoele é caracterizado sob diferentes formas, uma vez que se funde com outros animais.

A origem histórico-mitológica de tais animais descritos na Bíblia é uma questão um tanto obscura. Ambos os animais têm sido associados a algumas sagas, o leviatã talvez esteja associado ao “Tiamat”, uma divindade da saga da Babilônia. Não obstante diferentes interpretações, o Leviatã aparece na Bíblia sob a forma do maior dos animais aquáticos, como um crocodilo ou então na forma de um enorme peixe, uma baleia.

A descrição visual de Leviatã é sempre a de uma critura abissal de proporções gigantescas. Segundo os escritos de La Légende Dorêe, datados de 1518, Levitã é comparável a um dragão, metade besta e metade peixe, muito maior que um boi e absurdamente mais comprido e rápido que um cavalo. Seus dentes são agudos como espadas e possui chifres em ambos os lados da cabeça.

O Leviatã é uma criatura bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média e Moderna. Durante as grandes navegações do século XIV e XV, Leviatã personificou o medo do Mar e do desconhecido. Nesta época não foram poucos os relatos de que tripulações inteiras dragadas por este ser, que era tido como a besta marinha por excelência que se escondia nas tempestades, destruía portos inteiros e afundava as embarcações. Há várias referências ao longo de toda a história, sendo um caso recente o do Monstro de Lago Ness.

Existe também a versão descrita pelo escritor Clive Barker, no livro Hellbound Heart, que posteriormente virou filme dirigido por ele mesmo.Leviatã seria o deus do Caos e dos Labirintos, representado por um gigantesco prisma e rodeado por labirintos e passagens no centro do Inferno.Ele comanda criaturas chamadas de Cenobitas, que através de um cubo mágico atravessam para nossa dimensão atrás de vitimas que os invocam. Leviatã é o monstro que ataca a princesa Andrômeda na lenda grega de Perseu.

Neste mito, religião e ciência se misturam em busca de uma comprovação de sua existência. Relatos de navegadores da Idade Moderna se associam às descrições das sagradas escrituras e a outras lendas em diversas culturas dando pistas sobre sua natureza real. De acordo com a paleozoologia o Leviatã poderia ser ainda um animal remanescente de eras pré-históricas, possivelmente um pleisiossauro, um ictiossauro, ou um mosassauro.