Arquivo de Outubro, 2013

A Lenda de Iara (Yara)

Iara

 

 

A Iara é uma lenda do folclore brasileiro. Ela é uma linda sereia que vive no rio Amazonas, sua pele é morena, possui cabelos longos, negros e olhos castanhos.
A Iara costuma tomar banho nos rios e cantar uma melodia irresistível, desta forma os homens que a veem não conseguem resistir aos seus desejos e pulam dentro do rio. Ela tem o poder de cegar quem a admira e levar para o fundo do rio qualquer homem com o qual ela desejar se casar.
Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos ao entardecer.

Segundo a lenda, Iara era uma índia guerreira, a melhor da tribo, e recebia muitos elogios do seu pai que era pajé.
Os irmãos de Iara tinham muita inveja e resolveram matá-la à noite, enquanto dormia. Iara, que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e os matou.
Com medo da reação de seu pai, Iara fugiu. Seu pai, o pajé da tribo, realizou uma busca implacável e conseguiu encontrá-la, como punição pelas mortes a jogou no encontro dos Rios Negro e Solimões, alguns peixes levaram a moça até a superfície e a transformaram em uma linda sereia.

 

Curiosidade:

– A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.

SERRA MAL ASSOMBRADA

Há algum tempo numa cidadezinha mineira, Dito que era pedreiro e seu amigo Tonho que sempre o ajudava como servente pegaram um serviço de empreita em um lugar distante da cidade próximo ao distrito de Candelária, já na serra da Mantiqueira. Chegaram lá em um domingo a tarde pois pretendiam começar o serviço na segunda e terminar na sexta, o lugar é bastante desabitado, a casa mais próxima do rancho onde se estabeleceram fica a mais de 1 km e o local é uma serra íngreme onde carro só chega em tempo de seca. Eles começaram o serviço e na quarta-feira precisavam comprar mais algumas coisas já que não levaram o suficiente para toda a semana até mesmo porque era uma motivo justo para sair um pouco daquele lugar ermo onde raramente se via viva alma. Terminaram o serviço lá pelas 17:00 e desceram até o vilarejo de Candelária que ficava a uns 7 ou 8 km de onde estavam. Como estavam tranquilos e sem pressa chegaram na vila mais ou menos 19:00. Como são bastante conhecidos, e como todo bom mineiro compraram o que precisavam na venda e ficaram fazendo hora no boteco mais movimentado do lugar, jogando uma sinuquinha e conversa fora. Lá pelas 22:30 perceberam que já estava tarde e para subir a serra é mais demorado. Mas o dono do boteco que era muito amigo dos dois insistiu que eles dormissem num quartinho que tinha ali mesmo no boteco e irem embora no outro dia de manhã porque a estrada que ia para onde estavam era assombrada conforme moradores locais. O Tonho já estava até aceitando a idéia mas o Dito que não era muito supersticioso e já tinha tomado umas pingas disse que se ficassem ali tinham que levantar de madrugada no dia seguinte se ali ficassem e preferia ir naquele horário mesmo. E lá foram os dois. Era noite de lua e o céu estava muito limpo a lua clareava bem o caminho, faltando pouco menos de 2 km para chegarem no rancho e agora ia começar a parte mais dura da subida escutaram no meio de uma matinha um ronco estranho, o Tonho ficou de cabelo arrepiado na hora mas o Dito que era um pouco mais corajoso e com a ajuda da pinga disse “se for o demônio pode vim que eu enfrento”, mal terminou a frase o céu que estava limpo começou a formar umas nuvens escuras e uma ventania daquelas, aí o negócio ficou feio e tiveram que correr, ao passarem debaixo de um bambuzeiro enorme que lá tinha, os bambus deitavam na estrada por causa do vento parecia que ia cercá-los e junto com o vento aquele ronco horrível que nunca ouviram antes. Subiram a serra correndo o mais que podiam e faltando pouco pra chegar no rancho as nuvens e o vento foram desaparecendo como mágica e voltou a tranquilidade e a lua brilhou no céu limpo novamente. Os dois chegaram exaustos com a língua de fora como se diz em Minas. O Tonho ficou com tanto medo que na correria bebeu quase toda a garrafa de pinga que compraram, pra ver se dava mais força, mas nem ficou bêbado. Mal dormiram a noite e no dia seguinte pegaram suas coisas e sumiram dali, não quiseram mais saber de terminar a empreita não.

Mitologia e Folclore – Amaterasu, A Deusa do Sol

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Amaterasu, também conhecido como Amaterasu-Oho-No-Kami, cujo nome significa “Grande Deusa de Agosto Que Ilumina o Céu”, é a Deusa do Sol, divindade japonesa que vela sobre os homens e os enche de benefícios. O nome Amaterasu deriva da palavra Amateru, que significa “Brilhar ou Brilho no Céu”. A família imperial japonesa e obviamente o Imperador do Japão são, segunda a crença, descendentes diretos de Amaterasu. A Deusa do Sol nasceu do olho esquerdo de Izanagi, após este se purificar de seus pecados no leito de um rio. Amaterasu domina o panteão de deuses do Xinto ou Xintoísmo. É comumente representada empunhando um disco solar. Uma curiosidade é de que o Kojiki (documento mais antigo sobre a história antiga do Japão) não usa pronomes ou gêneros, por isso alguns livros descrevem a divindade como homem, embora o mais comum seja a representação feminina.

Os mais antigos contos sobre Amaterasu são datados de 680 DC (Kojiki), e 720 DC (Nihon Shoki), estes dois compreendem os registros mais antigos da história japonesa. Na mitologia japonesa Amaterasu, Deusa do Sol, é irmã de Susano’o, Deus das Tempestades e do Mar, e de Tsukuyomi, o Deus da Lua. Todos os três nasceram de Izanagi, quando este purificou-se depois de voltar de sua jornada ao Yomi, o Submundo, e de ter falado no resgate de sua mulher e irmã Izanami. Amaterasu nasceu do olho esquerdo, Tsukuyomi nasceu do olho direito e Susano’o nasceu do nariz de Izanagi.

 

Nos primórdios Amaterasu governava o sol e os céus juntamente com seu irmão e marido Tsukuyomi, o Deus da Lua e regente da noite. Amaterasu dividia o céu com Tsukyomi, até que, o Deus da Lua matou a Deusa dos Alimentos, chamada Uke Mochi. Está morte foi o motivo da separação do casal, a partir deste momento Amaterasu rotulou seu ex-marido como um Deus Mau. Desde então a noite separou-se do dia.

Os texto falam de uma rivalidade de longa data entre Amaterasu e seu outro irmão Susano’o. Houve um tempo em que Susano’o estava prestes a ser banido do céu por ordens de Izanagi. Quando cito o céu, não se refere ao céu como um mundo a parte do mundano e terreno onde os seres humanos vivem, um lugar organizado e único onde os deuses vivem em seus castelos e residência. No Xinto os deuses vivem em lugares comuns, como cavernas, montanhas, rios, dentro de árvores e etc. O ato de banir um deus do céu é impedi-lo de conviver em sociedade com outras divindades e não expulsá-lo de um lugar específico. Susano’o foi se despedir de sua irmã Amaterasu, A Deusa no primeiro momento ficou desconfiada, então Susano’o propôs um desafio para provar sua sinceridade, ela aceitou. O desafia consiste no seguinte: cada Deus com um objeto do outro criaria o maior número de deuses e deusas em um determinado momento. Através da espada de Susano’o Amaterasu criou três Deusas e através do colar da Deusa do Sol, Susano’o criou cinco Deuses. Alegando que os Deuses por nasceram de seu colar pertenciam a ela e as Deusas nascidas da espada pertenciam a Susano’o, Amaterasu declarou-se a vencedora, pois havia criado um número maior de divindades.

 

Amaterasu vivia em uma caverna chamada Ama-no-Iwato (algo como “Caverna de Rocha Celestial”), em companhia de suas criadas, que lhes teciam cotidianamente um quimono da cor do tempo. Todos os dias de manhã, a Deusa saía com o tal quimono para iluminar a Terra. Até o dia em que seu irmão e rival Susano’o em um acesso de fúria após perdem um desafio que ele mesmo tinha proposto a sua irmã destruiu os campos de arroz de Amaterasu, ainda insatisfeito jogou o cadáver de um cavalo sobre o tear das criadas. Assustadas as tecelãs atropelaram-se e um delas morreu, perfurada pelo próprio instrumento de trabalho. Amaterasu não apreciou a brincadeira e em um acesso da raiva recolheu-se a sua caverna celestial. Como a Deusa deixou de fazer seu trabalho o sol não voltou a brilhar no céu. O mundo congelou e os campos murcharam. O pânico foi semeando até entre os deuses, que assim como os humanos, não enxergavam nada. Os Deuses temendo a escuridão eterna organizaram uma festa na entrada da caverna. Eles se reuniram e bolaram um estratagema. O Deus da Inteligência, Omaikane, pediu a todos que comparecessem ao redor da caverna e pediu que colocassem um espelho apontando para entrada. Pediram a Uzume, a mais engraçada das Deusas que os distraísse diante da caverna fechada em que Amaterasu estava amuada. A Deusa Uzume não usou de meios termos e pôs-se a dançar provocante, exibindo suas partes íntimas com caretas irresistíveis. Estava tão divertida que os deuses desataram na gargalhada. Curiosa, Amaterasu não aguentou; entreabriu a pedra que fechava a caverna, imediatamente os Deuses lhe direcionaram o espelho onde ela viu uma mulher esplêndida, ela mesma. Surpresa, ela adiantou-se. Neste momento os Deuses agarraram-na e a puxaram para fora da caverna. Os Deuses e Deusas convenceram-se a voltar a realizar suas obrigações como Deusa do Sol, assim o sol voltou a brilhar no céu. Como punição pelo ocorrido, Susano’o foi definitivamente banido do convívio dos Deuses.

 

 

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Morrigan – Deusa Celta

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Morrigan, também conhecida como Morrigu, é a deusa celta da morte e da destruição. Sempre representada com sua armadura e armas. Está sempre presente nas guerras e é invocada com os chifres de guerra ou o gralhar dos corvos. Sua função na guerra é difundir a força e a ira entre os soldados. Seu nome significa “Grande Rainha” ou “Rainha do Espectro”. Esta deusa também representa a renovação, a morte que dá lugar a uma nova vida, o amor, e o desejo sexual. A vida e a morte estão muito ligadas no universo celta. Morrigan é virgem, mãe e viúva. Pertence ao grupo dos Tuatha De Danann, os seres mágicos que viveram na Irlanda antes dos irlandeses atuais. Nas guerras, ela se transforma em corvo. É uma deusa completa que forma uma tríade sombria com Badbh e Macha, as três a mesma deusa, com características diferentes em cada manifestação. Também está relacionada à deusa Dana, “a Grande Mãe”. O crânio dos mortos em batalha eram conhecidos como “bolas de Morrighan”. Foi amante de reis e seduziu grandes soldados. Motivava os soldados celtas nos campos de batalha, que ao ouvirem-na sobrevoando, sabiam que o momento de transcender havia chegado e davam suas últimas forças, portanto Morrighan conferia força aos guerreiros. Dotada do poder da transformação, Morrigan também era deusa dos rios, lagos e de toda as águas doces.

Morrighan, Morrígan Ou Morrigan Também é um personagem do Darkstalker

 

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Aesland Redmoon