SEXTA FEIRA DA PAIXÃO

 

 

Era sexta feira da paixão numa cidade do interior do Ceará, havia um Sanfoneiro, muito conhecido por lá e que não tinha muito apego a religião. Nesse dia ele estava sem dinheiro e queria de qualquer forma tocar, comentou com sua mãe que iria sair e procurar alguma festa pra poder tocar, sua mãe muito religiosa que era disse: – Filho, não cometa essa loucura sabe que hoje é um dia santo e ninguém em sã consciência faria uma festa. Ele já com a sanfona nas costas e todo cheio de razão disse: – Hoje vou tocar quem que seja no inferno!!! e bateu a porta atrás de si. depois de caminhar por uns vinte minutos, ele encontrou um senhor num cavalo branco, muito bem vestido, que disse onde ele ia com aquela sanfona,aquela hora, ele disse o que era, entaum o senhor disse: – Venha estamos dando uma festa e só esta faltando o sanfoneiro, monta ai na garupa. Galoparam por uns quinze minutos, até que chegaram na festa, festa essa muito cheia de gente, e todos aplaudiram quando ele se juntou aos outros músicos, o forró comeu solto pela noite afora. Lá Pelas tantas ele chamou o homem que o havia convidado para a tal festa e disse que estava cansado e com fome e se poderia comer algo, o homem disse que sim e que como teria que sair faria o pagamento pra ele naquele instante, foi dado uma boa soma em dinheiro para o sanfoneiro e o encaminhou pra uma mesa grande, quando ele se dirigia para mesa começou a notar que o lugar estava cheio de pessoas que ele sabia que já haviam morrido, isso o deixou intrigado, pois como naquela época, não havia uma iluminação boa achou que poderia ser imaginação, mas tudo mudou de figura, quando ele chegou na tal mesa, era uma mesa de madeira com baixelas de prata,todas com tampa, e quando ele destapou a primeira pra poder pegar o que comer, lá dentro estava cheio de pedaços humanos, ele quase teve um enfarto,mas teve tempo de rogar a DEUS, e pedir perdão. Entao como num passe de magica, ele ve que nao esta mais lá e sim exatamente onde havia pego a carona com o homem de branco, ele colocou a mao no bolso pra ver o dinheiro, eis a surpresa, nao passava de folhas, ele correu feito louco pra casa, e se ajoelhou a sua mae pedindo perdao e nunca mais, deixou de ouvir sua mae. essa história quem contava sempre era minha avó quando eu era criança, e até hoje só de lembrar ainda sinto calafrios…

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